domingo, 4 de outubro de 2009

Um mar de misericórdia...‏


Amados e amadas de Deus,

Escutando, certa feita, uma música do Walmir Alencar, aprendi de um jeito mais concreto o que vem a ser a misericórdia de Deus em nossa vida e seus efeitos sobre os nossos pecados. Hoje, sempre que preciso dar um exemplo a alguém sobre o que representa a misericórdia de Deus em nossas vidas, recorro as palavras daquela canção: "Saiba que todos teus pecados/ De toda a tua vida/ É uma pequena gota que se derramou no mar/ da misericórdia infinita de Deus/ Quem poderá dizer/ que ela existiu/ Foi uma pequena gota/ o mar a consumiu". Faça a experiência de jogar uma gota de água sobre o mar. Você conseguiria recuperar aquela gota? Jamais! Ela foi absorvida pelas águas salgadas do oceano e agora é parte inseparável do mar. Quando passamos pela experiência de derramarmos nas águas da misericórdia de Deus as gotas de pecados que carregamos, descobrimos que Sua misericórdia absorve nossos pecados, transubstancia o que era pecado em amor. O mar salgado que, para o poeta Fernando Pessoa, são as lágrimas de um povo que chora, também são as lágrimas de Deus que chora ao ver o sofrimento de seus filhos. Lágrimas que salgam Sua misericórdia. Sal da vida, que existe para absorver em sí mesma a água insípida do pecado humano, transformando-a em amor, lhe devolvendo o sabor e o tempero do que é bom. Quando o padre, na celebração eucarística, derrama sobre o cálice com vinho um pouco de água, nos ensina, de igual modo, que nossos pecados, derramados no sangue de Cristo é por ele absorvido. Quando era menor, achava que o padre fazia aquilo apenas para deixar o vinho mais leve ou ainda para economizar vinho. Depois de crescido e procurando conhecer melhor a nossa Igreja, descobrí que não. Descobrí que havia muito mais naquele gesto. Havia algo implícito que meus olhos infantis não eram capazes de ainda perceber. Aquele gesto do celebrante trás em si um simbolismo dos mais lindos sobre a redenção e sobre o amor de Deus. Tente jogar um pouco de água num copo com vinho e tente, em seguida, separá-la do vinho. Não é possível. A água se transubstancia com o vinho, em outras palavras, o elemento água vira elemento vinho. Não há mais como distinguir o que é vinho do que é água. No seu sangue derramado na cruz, Jesus transubstancia nosso pecado em amor, em seu próprio sofrimento, em redenção. Quando na oração contrida e sincera derramamos nossas dores e pecados no mar infinito da misericórdia de Deus, já não será possível distinguir o que é pecado do que é amor. Tudo vira amor, assim como toda gota de chuva caída no oceano vira mar.

Fernando Costa Lino

1 comentários:

Edilene disse...

O profeta Jeremias no livro de Lamentações capítulo 3 versículo 22 e 23 afirma que: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade."
Ao lermos estes versículos compreendemos quando você diz que a misericórdia do Senhor absorve os nossos pecados.
O Senhor Nosso Deus que nos conhece, sabe que por mais que nos esforcemos ainda asssim pecaremos, porque a natureza humana é pecaminosa, por isso carecemos que as suas misericórdias se renovem a cada manhã em nossas vidas.
As nossas obras não são capazes de nos salvar, pois a salvação é um dom gratuito de Deus. Não fizemos nada para merecê-la, porém precisamos apenas reconhecer este tão grande ato de amor e aceitar a JESUS como Nosso Único e suficiente Salvador.
Oro para os que ainda dormem possam abrir os seus olhos e aceitar este sacrifício de Amor...
Fiquem com Deus,
Edilene Teles

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